ABNER MIGUELOlhando as ondas, lembrei dela, Dalila.Os seus olhos castanhos, doces e tristes, uma tristeza misteriosa, de quem esconde a dor.Lembro o seu primeiro dia no serviço, derrubou uma xícara de café, quando fui até ela, se encolheu, e começou a chorar e pedir que não a batesse.Aquilo, fez o meu lado protetor, se acender, talvez extinto de quem quer ser o protetor.Como alguém poderia bater, numa mulher como ela, linda, uma morena de ditar o fôlego, dava para perceber, mesmo usando roupas, simples e largas.Ela apareceu, com alguns hematomas, queria levá-la a polícia, mas ela recusou-se.Disse que o trabalho, era o seu refugiu, por isso não ligava em fazer horas extras.Fui-me a apegar a essa mulher, ela foi seduzido-me, sem eu perceber, deixei levar-me por um toque delicado, de quem sorria para tudo que eu fazia, ela era boa nisso.Isso de mulher frágil, em perigo, liga o lado primitivo do homem, que quer proteger, quer que ela o veja como herói.Sempre nas segundas-feiras,
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