O banheiro estava tomado pelo vapor quente, as gotas d’água deslizando pelas paredes, escorrendo pelos corpos.
Dante terminou o banho antes dela, mas não saiu.
Encostou-se à parede do boxe, os braços cruzados, o corpo nu à mostra sem pudor algum, e o olhar…
O olhar percorria cada centímetro do corpo de Amara, descaradamente, sem pressa, sem vergonha.
Ela sentiu o calor subir pela pele, mas manteve o queixo erguido, os olhos azuis encontrando os dele, sem recuar.
Se ele queria provocar, ela sabia revidar.
Amara virou-se devagar, deixando que a água contornasse suas costas, descendo pelas curvas, escorrendo entre os seios, pela cintura, pelas coxas.
Sabia o efeito que tinha.
E o olhar de Dante denunciava isso.
Ele umedeceu os lábios, os olhos cinza descendo pelas pernas dela, subindo sem qualquer pressa, cravando-se no peito nu, depois nos olhos dela.
Por um instante, o silêncio virou corda bamba.
Os corpos nus, a tensão, o orgulho atravessando o espaço estreito.
Mas nenhum