A madrugada caiu sobre a mansão como um véu espesso, abafando sons e intenções. Não havia descanso. Não depois do que tinham descoberto.
Dante estava em pé diante do mapa iluminado apenas por uma luminária baixa. As marcações vermelhas agora tinham outra lógica — não mais defensiva, mas ofensiva. Amara observava em silêncio, sentada à mesa, os documentos de Rafaelle espalhados à sua frente como peças de um quebra-cabeça perverso.
— Mancini movimenta dinheiro como quem respira — Dante disse, quebrando o silêncio. — Mas toda respiração tem pausas.
Ele tocou um ponto específico no mapa.
— Aqui.
Amara se inclinou. — Porto seco de Ravenna.
— Oficialmente, transporte de peças industriais — Dante continuou. — Na prática, lavagem. Armas. Pessoas. E… — ele fez uma pausa breve — desaparecimentos.
Amara sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. — Esse é o coração financeiro dele fora de Milão.
— Era — Dante corrigiu. — Agora é o primeiro alvo.
Ela ergueu os olhos. — Você quer derrubar Mancini c