O relógio da parede marcava dezenove horas quando Rose voltou à sala principal da academia. O ar ali já não cheirava a suor e madeira — mas a eletricidade e urgência.
Mapas espalhados, laptops abertos, rádios chiando, policiais conversando em código. O chão de tatame, antes sagrado para o treino, agora era o centro de comando de uma caçada.
Rose prendeu o cabelo em um coque simples, ajeitou a jaqueta escura e respirou fundo. O corpo ainda doía do desmaio e do hospital, mas a dor servia de lembrete: ela estava viva, e ele também.
Henrique apareceu na porta, colete tático e expressão tensa.
— As viaturas estão prontas. Perímetro de West Village isolado. — Ele mostrou o mapa no tablet. — O ponto piscando é o rastreador. Artur confirmou o sinal há dez minutos.
Rose olhou para o brilho vermelho no centro da tela — um lampejo minúsculo, mas suficiente para incendiar o peito.
— Então é pra lá que vamos — disse, sem levantar a voz, mas com a certeza de quem dá uma ordem.
Henrique assentiu e s