O relógio marcava quase meia-noite quando o casal voltou ao salão.
As luzes ainda dançavam entre dourado e âmbar, o som da orquestra enchia o ar, e o perfume das flores se misturava ao cheiro inconfundível de poder — e de algo mais, algo humano, quente, pulsante.
Rose ajeitava o cabelo preso às pressas, tentando parecer tão imperturbável quanto uma profissional deve parecer depois de quase perder o fôlego atrás de uma porta trancada.
Pedro, por outro lado, não fazia o menor esforço pra esconder o sorriso satisfeito.
— Para de sorrir assim — ela sussurrou, passando por ele.
— Assim como? — perguntou, fingindo inocência.
— Como quem acabou de fazer algo que não devia.
— Ah, mas a melhor parte foi justamente essa. — Ele piscou, e ela desviou o olhar, contendo o riso.
Antes que pudessem continuar, o mestre de cerimônias subiu ao palco, chamando atenção com o microfone:
— Senhoras e senhores, peço a atenção de todos! Para encerrar oficialmente esta noite histórica, convido ao palco o novo