Guilherme
O sol da tarde se espalhava pelo parque como se quisesse deixar tudo mais bonito. Estela caminhava ao meu lado com aquele vestido claro esvoaçando, a cesta de piquenique na mão e o sorriso mais doce que eu já vi na vida.
Eu já estava em Nova York há seis dias.
Amanhã eu voltava pro Brasil. E só de pensar nisso, meu peito apertava.
— Tá calado, Gui… ela comentou, sentando na toalha xadrez que estendemos no gramado. — Tá tudo bem?
— Tô só tentando segurar esse restinho de tempo com você, falei, sentando ao lado dela e puxando seu corpo contra o meu.
Tínhamos aproveitado cada dia daquela viagem. Passeamos de barco, jantamos em rooftop, fizemos compras, rimos demais no museu, assistimos a um filme cult no cinema, e até fomos pra uma balada ontem à noite, onde ela dançou como se fosse feita de música — e eu fiquei olhando como se fosse feito só pra ela.
Mas hoje… hoje era diferente.
Era o penúltimo dia.
E eu queria que ficasse pra sempre na memória dela.
Organizei o piquenique co