Ivy Martinez, 20 anos, uma garota jovem, bela e muito educada, nascida e criada na alta sociedade, perdeu a mãe cedo e foi criada por seu pai Pedro, o sonho de nora para os pais de Dante. Dante Salvatore, 23 anos, é um jovem rapaz belo, inteligente e obstinado. O príncipe dos sonhos de Ivy desde a sua infância. Cresceram como amigos, sempre juntos. Ele aceitava o relacionamento até conhecer Ellie e começar a comparar o comportamento das duas. Ellie Martinez, 23 anos, a prima do interior que veio tentar a sorte grande na cidade, se alojou na casa de sua tia, a mãe de Ivy. Ela não suportava a prima perfeita, que era linda de forma natural e que tinha tudo o que Ellie nunca teve. Ela ama ele, ele ama outra. Um casamento arranjado pelos pais. Rejeição e raiva. Ivy sempre fez tudo para estar com Dante, se moldou aos gostos dele. Mas ele não queria aquela que o amava, ele queria a sua prima, a descolada Ellie. Mas o destino prega uma peça em Dante, tirando dele todo o controle de sua vida. Ele perdeu Ivy. Mas depois de perder Ivy, Dante também se perde. Se perdeu física e psicologicamente. O que sentia por Ivy era realmente raiva? O que ele fará para voltar? Será que ela está perdida para sempre? Os sentimentos de Dante irão se revelar de forma devastadora e cruel. O amor que Ivy sentia por Dante era verdadeiro e forte o suficiente para que pudessem se reencontrar?
Ler maisEra início da primavera, Ivy estava extremamente animada pois era o dia do seu noivado com Dante, o noivado que ela esperou durante anos.
Em frente ao espelho, ela se admirava em seu vestido lilás feito sob medida, longo sem muito volume na saia, decote v que realçava seu busto e uma faixa larga em na cintura que afinava ainda mais a sua silhueta. Seu cabelo estava preso em um coque desarrumado, que deixava seus cachos aparentes. Em seu pescoço usava uma gargantilha de prata em conjunto com os brincos e que combinavam com a pulseira que estava em seu pulso esquerdo. - Querida está pronta? Está na hora de irmos, disse seu pai que admirava sua filha da porta. - Sim pai, estou pronta, vamos! Disse Ivy com um grande sorriso nos lábios e o coração acelerado. Ao chegarem no grande salão, os pais de Dante vieram ao seu encontro, de braços abertos e um grande sorriso no rosto. Era de muito gosto para Arthur e Flora, que Dante se casasse com Ivy, ela era uma menina muito educada, com porte altivo, rosto e corpo belíssimos. Uma perfeita parceira para ele que tinha uma futuro e carreira promissores Enquando os pais de Dante conversavam o com seu pai Pedro, Ivy rolava seus olhos de um lado ao outro procurando por seu noivo pelo salão. Estava muito ansiosa e sentia seu coração batendo tão forte que tinha a sensação de ouvi-lo. Desde que eram crianças ela gostava dele. Sempre esteve por perto, sempre ao lado dele, sendo amiga, cordial. Até que seu pai, em acordo com os pais de Dante, resolveram selar o futuro dos dois. Mas Dante, não tinha somente Ivy como amiga de infância, ele tinha também Ellie, a quem ele sentia seu coração bater mais forte. Ellie era prima de Ivy, assim como Dante, ela era três anos mais velha que Ivy. E por mais que Ivy se fizesse presente, Ellie era mais rápida quando se tratava de Dante. Por mais que Dante gostasse de Ellie, seus pais preferiam que ele ficasse ao lado de Ivy, pois Ellie era a prima pobre e do interior, não possuía a mesma postura e educação de Ivy. De tanto procurar o noivo se sentiu estressada por não te-lo em seu campo de visão. Onde está o Dante? Ele ainda não veio? Perguntou ela com uma certa euforia em sua voz. Querida ele logo chegará, não se preocupe. Respondeu Flora com um sorriso de canto, tentando acalmar a sua futura nora. No fundo ela estava nervosa também pelo atraso de seu filho, ela sempre soube que Dante não era de total acordo com este compromisso. Ao ouvir a resposta de sua sogra, Ivy decidiu andar pelo salão e cumprimentar os convidados que estavam ali. Não muito tempo depois ela viu seu noivo passar pela porta. Como sempre ele estava belíssimo. Em um terno de corte italiano azul petróleo com uma camisa preta e uma gravata prata. Seu cabelo milimetricamente penteado, barba muito bem feita. O príncipe de qualquer garota aos vinte anos. Ivy sorrindo apressou os passos indo de encontro ao seu amado que estava parado na entrada do salão, como se esperasse alguém. Quando chegou perto de Dante, viu chegar sua prima Ellie, ambos se olhavam como se estivessem compartilhando um segredo. Ivy não levou a sério a suspeita e balança a cabeça como se quisesse afastar os pensamentos abraçou o noivo calorosamente. - Você demorou, por que se atrasou tanto? - Eu tinha coisas urgentes a fazer, como você sabe eu sou o diretor operacional e futuro CEO de uma empresa. Não tenho tanto tempo livre como você chérie. Respondeu Dante de forma ríspida, dando uma leve virada para olhar Ellie que conversava com um convidado atrás de Dante. - Não me chame de cherie, não seja irônico comigo. Respondeu ela em tom baixo com vergonha de ser repreendida por Dante. - Vamos entrar e fazer logo este teatro que você e meus pais tanto programaram. - Não é um teatro Dante! É o nosso noivado! Disse ela fazendo bico e batendo os braços de forma infantil. Este era um dos comportamentos que Dante odiava em Ivy, em frente a sociedade ela sempre se demonstrou uma ótima companhia, mas quando era só os dois, ela sempre se comportava como uma garota mimada e de forma infantil. Dante não retrucou, apenas virou de costas e se afastou, deixando-a sozinha. Cumprimentou seus pais e seu sogro, rodou pelo salão cumprimentando os convidados presentes, sempre se mostrando como um noivo feliz e apaixonado. A todo momento ele tentava se afastar de Ivy e ela corria atrás dele, e assim discorreu a noite até chegar a hora do brinde de noivado No meio do salão, batendo levemente na taça que estava em sua mão, Dante chamou a atenção de todos para fazer seu discurso. - Peço a atenção de todos neste momento! Ele olha atentamente para todos a sua volta. Primeiramente agradeço a presença de todos aqui, e nesta noite tão agradável eu quero compartilhar com vocês o meu desejo de unir-me para o fim de minha vida com esta garota exemplar. Disse virando para Ivy com sorriso irônico nos lábios. - E neste momento eu te pergunto, Ivy quer casar comigo? Disse ele retirando do bolso de seu terno uma caixinha de veludo que continha um lindo anel solitário. Mesmo que ela estivesse preparada para esta cena, ouvir esta pergunta sair dos lábios de Dante era mais encantador do que ela jamais imaginou, e de forma eufórica e quase chorando, respondeu a ele: - Sim! Mil vezes sim! Dante então colocou o anel no dedo anelar de Ivy e de forma muito delicada e teatral beijou a mão dela. No fundo do salão Ellie observava toda a cena com a cara fechada. Ela não aceitava que nunca seria ela ao lado dele, porque Arthur e Flora não aceitavam ela como nora. Após o brinde Dante aproximou do ouvido de Ivy e disse de forma calma: - Está feito, agora eu vou embora. - Como assim? Perguntou ela desmanchando o sorriso que carregava nos lábios até então. Estou cansado, para mim já chega. Então ele se dirigiu à porta do salão sem se despedir de ninguém. Não queria chamar a atenção, principalmente a de seus pais que iriam repreendê-lo se soubessem de sua saída. Sem tempo de reagir, Ivy ficou ali parada no meio do salão, vendo Dante atravessar a porta. - Querida está tudo bem? Onde está meu genro? Pai, ele não estava se sentindo bem e foi embora. - Como assim foi embora? Nem se despediu de ninguém? - Ele não queria que ficassem preocupados, ele não quis chamar a atenção. Disse ela ao seu pai de forma delicada ao pé do ouvido, para que ninguém ouvisse. A festa continuou por mais algumas horas, todos perguntavam por Dante, e Ivy sempre com a mesma resposta, que ele não estava bem e se ausentou. Assim acabou a festa e ao despedir do último convidado, Ivy percebeu que viu Ellie entrar mas não viu ela sair. Assim como Dante, ela saiu sem que percebessem. Mais uma vez se sentiu estranha ao pensar na coincidência. Mas com medo de ser dominada por seus medos preferiu dispersar suas dúvidas. A festa havia acabado, era tarde, o salão estava vazio, era hora de ir embora. Junto com seus sogros e seu pai, Ivy saiu do salão, um dia a menos, cada vez mais próxima de seu casamento com Dante.Passearam pelas ruas próximas ao hotel, apesar da euforia em seu peito, Ivy se manteve calada. Ela não queria estragar aquele momento a sós com Dante com uma nova discussão boba. Mesmo que quisesse avançar, também tinha medo. Eram recém casados e ela ainda não se sentia confiante perante a ele.Eles caminhavam lado a lado, algumas vezes paravam para Ivy fotografar algo, ela estava feliz por estar ali, a Grécia era um lugar que ela queria muito conhecer.Já Dante observa a felicidade da garota. Para ela tudo era novidade, para ele não, pois ele já esteve ali com Ellie. Ele se conteve por diversas vezes para não discutir a cada parada que ela fazia para fotografar. E quando ela pedia para tirar uma foto com ele, prontamente ele recusava.Em sua mente a cada vez que ele respirava profundamente uma frase passava em sua mente: Essa semana será longa demais.No término do passeio Dante a encaminhou para um restaurante à beira mar. Já era a hora de jantar e ele estava faminto.Ivy observ
Ivy decidiu não prolongar aquela conversa. Ela tentava de todas as formas se aproximar e conversar, mas Dante não dava espaço para ela. Então decidiu que o silêncio seria seu aliado por um tempo.Assim como Dante, se trocou, se maquiou e arrumou o cabelo.Eles iriam para Grécia, então ela decidiu colocar um vestido longo com saia godê, de costas nuas, azul celeste. Um casaco branco por cima, um salto Anabela nos pés e o cabelo preso em um rabo de cavalo alto, que deixava seus cachos caírem em cascatas.Dante estava com uma camisa de linho branca de botões, com uma calça jeans de lavagem clara e um sapato off white nos pés.Sem esperar por Ivy ele saiu primeiro entrou no carro e aguardou enquanto o motorista guardava as malas no porta malas. Dentro do carro ele pegou o celular e mandou mensagem para Ellie.Morrerei de saudades de ti.Será mesmo? Acho que irá se divertir com a minha priminhaNão diga besteiras, sabe que não gosto dela.Só acreditarei quando se separar dela.Dante bufou
No fim da festa Dante decidiu que era hora de partir.Ele estava cansado de fingir alegria e por mais que estivesse acostumado a estes tipos de eventos, nunca gostou de participar.E este era o seu casamento, com quem ele não amava, um casamento que não desejava.Ele sempre gostou de curtir momentos íntimos longe dos olhares alheios. Seja com sua família ou com Ellie. Ivy sempre gostou de público e era por isso que ela gostava tanto do hipismo. Muitas pessoas a aplaudiam a cada vez que ela competia.Os dois entraram no carro de Dante e em silêncio partiram para a mansão que seria seu novo lar. Na manhã seguinte iriam viajar para Grécia onde ficariam por cinco dias.Chegaram, saíram do carro, entraram na mansão e Ivy subiu as escadas em direção ao quarto, sozinha e com um pouco de dificuldade retirou o vestido, desmontou o cabelo e foi ao banheiro tomar um banho.Ela se preparava para a grande noite, sua noite de núpcias, a perda de sua virgindade.Do lado de fora tudo era silêncio mas
Ivy desceu da limusine, seu coração batia tão forte que podia ouvi-lo, suas mãos estavam suadas e seu sorriso doía de tanto nervoso.Pedro aguardava a filha na porta da igreja, ele também estava ansioso com o matrimônio de sua filha com o mais novo dos Salvatore.Ao vê-la sair da limusine tão linda em seu vestido branco, chorou silenciosamente ao lembrar dos contos de fadas que contava para ela quando ela era criança.Agora ela era a princesa com um final feliz.Seu pai aproximou - se deu um beijo em sua testa e deu o seu braço esquerdo. Pedro estava plenamente feliz em ver a sua única filha se casar com a pessoa que sempre gostou.Entre Ivy e seu pai nunca teve segredos, ele sempre soube dos sentimentos da filha e por isso fez o acordo com Arthur e Flora em casar os dois.Assim como ele se casou com a mulher que amava, também desejava isso para a sua única filha. Queria ver Ivy sempre feliz. Ele sempre fez de tudo para isso.O que ele não sabia era que Dante não sentia nada por sua
Dante Salvatore tinha 23 anos, formado em administração de empresas, era o filho mais novo de três filhos. Seus irmãos , os gêmeos Domênico e Daiane eram cinco anos mais velhos que ele, ambos eram casados e tinham suas próprias vidas e cuidavam da outra empresa da família, a vinícola Salvatore. Sempre que podiam estavam juntos e muitas vezes aconselhavam Dante a não seguir com o noivado, eles sabiam que o mais novo não via em Ivy a mulher para compartilhar a vida.Dante sempre foi um aluno exemplar na escola e assim continuou na graduação. Ele e Ivy se tornaram muito amigos porque quase sempre estavam juntos, estudavam juntos, faziam curso de idiomas juntos, e adoravam andar a cavalo juntos.Dante nunca quis contrariar os pais, que sempre apoiaram e investiram no relacionamento dos dois. Apesar de nunca ver Ivy como mulher, também nunca a viu como inimiga.Ela só não se enquadrava no tipo de mulher que ele gostava, já Ellie sim, apesar de ser uma mulher vinda do interior, era ousad
Dois dias depois da festa de noivado, Ivy queria falar com Dante. Ela queria começar os preparativos do casamento e queria que seu noivo participasse junto com ela.Seus sogros davam total liberdade e apoio para que ela fizesse o que desejasse.Disposta a falar com ele, ela ligou em seu celular, tocou uma, duas, três, mas Dante não atendeu. Ligou novamente e a ligação foi recusada. Ela não sabia o porquê ele estava fazendo isso, então ligou para a empresa.- Diretoria operacional em que posso ajudar?- Boa tarde Aurora, meu noivo está na sala dele?- Não senhorita, ele está em reunião no momento.Por isso ele não atendeu, pensou Ivy.- Sabe se vai demorar?- Creio que sim, estão com os fornecedores.- Ah está bem, obrigada.- Quer deixar recado?- Não, não precisa dizer que liguei, obrigada novamente. Disse desligando o telefone.Neste momento Ivy decidiu que seria melhor ir até a empresa e falar com Dante pessoalmente.Estava um dia bonito e passear um pouco faria bem a ela.Como sem
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