Andréia
O sol já se escondia no horizonte quando entramos no carro para voltar a Itajubá. Eu me acomodei no banco da frente, ao lado de Gustavo, enquanto Marlene e Henrique foram atrás. O cansaço bateu rápido, e logo os dois estavam dormindo. Henrique, meu pequeno, se encolheu no colo de Marlene, que o abraçou com carinho.
Gustavo seguia firme na direção, atento à estrada. Eu quase cochilei também, mas preferi ficar em silêncio, observando a tranquilidade deles, sentindo uma paz rara. A viagem de uma hora e meia passou mais depressa do que eu esperava.
Quando chegamos, Gustavo estacionou em frente de casa. Ele ajudou Marlene e Henrique a descerem, e antes de ir embora me puxou para um beijo demorado, cheio de promessas silenciosas. Henrique, ainda sonolento, abraçou Gustavo chamando-o de “tio”, e depois correu para dentro de casa.
Assim que fechamos a porta, respirei fundo. Meu coração estava acelerado com o que eu precisava contar. Chamei Marlene e Henrique para se sentarem comigo n