Eu ainda sentia o coração acelerado, mas pela primeira vez em muito tempo… ele não batia por medo.
Depois de tudo que eu contei para o Gustavo, algo dentro de mim parecia ter se soltado. Era como se eu tivesse tirado um peso que carregava há anos, e agora o ar entrava nos meus pulmões com mais facilidade.
Eu olhava para ele e via a forma calma como lidava com cada palavra, cada silêncio meu. Não me pressionou, não me julgou. Apenas me acolheu. E isso… isso era raro demais para alguém como eu.
Enquanto tomávamos café, eu percebia cada gesto, cada olhar dele. E me pegava pensando que, se algum dia eu tivesse imaginado um homem para chamar de meu, seria exatamente assim. Um homem que, mesmo diante de uma história difícil, permanecia ali, firme, me passando segurança sem precisar dizer muito.
Quando fomos ver o Henrique, minha ansiedade voltou por alguns segundos — e se não desse certo? E se meu filho não gostasse dele? Mas bastou Gustavo se abaixar para ficar na altura do meu menino, con