(Pedro)
O dia começou com um gosto amargo de irritação. Eu odeio atrasos. Mais do que isso, eu desprezo a falta de profissionalismo, o descaso. E Oscar Almonte, não apenas se atrasou para a nossa reunião sobre o resort; ele nem sequer apareceu. Nenhum telefonema, nenhuma mensagem. Nada. A arrogância era monumental.
Eu estava na minha sala de reuniões, cercado por meus diretores de engenharia e arquitetura, tentando discutir o cronograma de outras construções, mas minha mente não estava ali. Eu repassava a cena da festa em minha cabeça, a insolência dele. Aquela ausência não era um imprevisto; era uma provocação. Um deboche. Uma forma de me dizer que ele não me respeitava, nem como homem, nem como profissional.
— ...e se não acelerarmos a fundação do prédio comercial até o próximo mês, perderemos o prazo com os investidores — dizia um dos meus diretores.
Eu mal ouvia. Estava prestes a pegar o telefone e ligar para o meu advogado, para começar a redigir a quebra de contrato