(Oscar)
O cheiro de antisséptico e ansiedade é o mesmo em qualquer hospital do mundo. Já se passaram horas desde que pousamos no país Y. Horas que se arrastaram em um silêncio pesado, quebrado apenas pelo bipe distante de monitores e pelos passos apressados de enfermeiros nos corredores. Desde que chegamos, Isabella não saiu daqui. Ela não comeu, não dormiu, mal se sentou. Permanece de pé, perto da porta da UTI, como uma sentinela vigiando seu posto, o rosto pálido sob a luz fria e impiedosa do hospital.
Quando chegamos, uma mulher que se apresentou como cunhada de Isabella, esposa de seu irmão, nos encontrou no corredor. Seus olhos estavam vermelhos e inchados.
— Meninas, que bom que chegaram! — disse ela, abraçando Clara e depois Isabella. — A mãe de vocês... ela passou mal quando soube, a pressão subiu muito. Samantha a levou para casa. É melhor vocês irem para lá, para cuidar dela. O Sebastian já está aqui, cuidando de tudo.
Clara, sempre a mais prática, concordou imed