Capítulo 50

(Oscar)

O som da terra caindo sobre o caixão era um baque surdo e final. Ao meu lado, Isabella se mantinha firme, uma estátua de dignidade e dor, mas eu podia sentir os tremores sutis que percorriam seu corpo. Meu instinto era envolvê-la em meus braços, protegê-la do mundo, mas eu sabia que meu lugar não era esse. Ainda não.

Meu olhar se desviou por um momento e eu o vi. Pedro Campos. Parado a uma distância, quase escondido atrás de uma árvore, observando a cena. Ele parecia um fantasma em seu próprio passado. Ao seu lado, o irmão de Isabella, Sebastian, o fuzilava com um olhar de puro desprezo. Vi quando Pedro se virou e foi embora, uma retirada silenciosa e covarde. Sebastian notou meu olhar, e trocamos um breve aceno de cabeça, um entendimento tácito de que ambos havíamos testemunhado a mesma falha de caráter. Não comentei nada com ninguém. O dia já era pesado demais.

De volta à casa da família Andrade, o silêncio era denso, preenchido apenas por soluços contidos. Noemia,
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