Quando Isabella acordou na manhã seguinte, o quarto de Benjamin estava banhado pela luz suave do amanhecer. O menino já estava de pé, e o som de risadas baixas vinha do banheiro. Era Pedro, ajudando o filho a se arrumar, um momento de normalidade tão raro que pareceu quase surreal. Ela olhou para o relógio: ainda era cedo. Em silêncio, ela se levantou e foi para o quarto que um dia dividiu com Pedro, a rotina matinal se impondo sobre o caos emocional.
Pouco tempo depois, os três estavam sentados à mesa do café da manhã. O silêncio era denso, quebrado apenas pelo tilintar dos talheres. Foi Pedro quem falou primeiro, dirigindo-se ao filho, mas com uma mensagem implícita para Isabella.
— Benjamin, hoje sua mãe e eu vamos te buscar na escola. Depois, vamos passear um pouco no shopping e jantar no seu restaurante favorito.
— Eba! — o menino exclamou, os olhos brilhando com a simples ideia de ter os pais juntos só para ele. A alegria inocente dele era um contraste doloroso com a tensão e