“Posso dominar um império inteiro… mas não consigo dominar o caos que ela acende dentro de mim.” — Fernando Torrenegro
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A madrugada ainda estava viva quando saí do quarto. Não olhei para trás. Por mais que eu quisesse, não podia. Se o fizesse, teria ficado. No meu mundo, ficar é sinônimo de fraqueza. E fraqueza custa caro.
A mansão dormia em silêncio, mas eu não.
Nunca. Minha cabeça girava com números, rotas, acordos e lealdades questionáveis. O império que ergui exige vigília constante. Um erro, e tudo desmorona. Mas naquela noite não eram só meus negócios que me atormentavam.
Era ela.
Luna.
A mulher que Castilho entregou como moeda de troca. A filha que deveria ser a ferida mais profunda da minha vingança. E que, contra toda lógica, se tornou a minha.
A mesa de reuniões estava repleta de relatórios. Rotas de armas. Dinheiro lavado em cassinos. Nomes que juraram fidelidade e que eu sabia que já estavam se vendendo para outro lado. Esse é o jogo. Sempre foi. E eu sempre esti