"Ele pode se esconder no silêncio… mas eu aprendi a ouvir até o que o silêncio grita." — Luna Castilho
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O silêncio dele pesa. Porque não é um silêncio vazio, desses que se enchem com o som do vento ou o bater de uma porta distante, é um silêncio vivo, pulsante, que carrega dentro dele um exército inteiro de batalhas não vencidas. Fernando Torrenegro é um homem que fala pouco, mas o corpo dele grita. Eu aprendi a ouvir esses gritos — não com os ouvidos, mas com a pele. Cada movimento, cada respiração contida e cada tremor contido na ponta dos dedos que por um instante roçaram os meus.
Ele me afasta com palavras. Mas me chama em gestos. Ele tenta me convencer de que sou apenas parte de um plano, uma peça em seu tabuleiro. Mas eu sinto… sinto o quanto ele está preso em mim. E isso me assusta. Porque se eu for a única fissura no muro que ele ergueu, então também posso ser a ruína que ele teme.
Respiro fundo.
Meu peito dói de tanta coragem que preciso reunir para não tremer diante d