“Fernando resiste ao mundo inteiro, mas não a mim.” — Luna Castilho

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Fernando permaneceu imóvel por alguns segundos, respirando fundo como se lutasse contra um inimigo invisível. Seus dedos ainda seguravam minha nuca, firmes, quase dolorosos, mas a força não estava em machucar — estava em segurar-se para não ceder.

Senti o leve tremor em suas mãos. Era esse o detalhe que me entregava tudo: Fernando Torrenegro, o homem que não tremia diante de arma nenhuma, vacilava comigo.

— Maldita seja, Luna… — ele sussurrou, quase num gemido, a voz rouca. — Você não sabe o que faz comigo.

Eu sorri, sentindo a respiração dele roçar minha pele.

— Sei, sim. — minha voz saiu firme, apesar do coração acelerado. — Você tenta me afastar, mas cada vez me puxa mais para dentro.

Ele não respondeu de imediato. Ao invés disso, inclinou-se, encostando a testa na minha. O gesto me pegou desprevenida, porque não era o toque do Don impiedoso. Era humano. Vulnerável.

O hálito quente dele deslizava pelos m