“Posso dominar portos, cidades e homens armados até os dentes. Posso comprar generais e enterrar inimigos em concreto. Mas diante de Luna… sou só um Don à beira do colapso. O beijo dela foi meu ponto sem retorno, a cicatriz e o remédio ao mesmo tempo. E se ela cair… eu caio junto.”
🖤
Mateo entrou no meu escritório hoje cedo, me trouxe os relatórios da rota de Medellín. Tudo em ordem, mas eu quase arranquei a cabeça dele só pelo tom de voz. Não suporto quando alguém me chama de “patrón” enquanto minha mente está em outro lugar. Carajo… um Don que perde o foco é um homem morto. E eu não sou homem de morrer fácil.
Mas não adianta, parce. Enquanto ele falava de cifras, armas escondidas em caminhões de frutas e contatos no porto, minha cabeça só via uma coisa: a boca de Luna. Esse maldito beijo. Essa maldita lembrança que não me larga.
— Patrón, ¿está escuchándome? — ele perguntou.
Quase o mandei calar a porra da boca. Eu escutei, sim. Só que a minha mente estava dividida. Parte em número