Negação virou meu esporte oficial nas últimas semanas. Enquanto algumas pessoas vão para a academia ou aprendem a fazer pão, eu aperfeiçoei a arte de fingir que Leon Cavalli não existia.
Foi uma performance digna de Oscar. Se existisse uma categoria chamada “Melhor Atriz em um Papel de Fria e Profissional Enquanto Luta Contra Desejos Inconfessáveis”, eu agradeceria com um discurso dramático e lágrimas falsas. Me afundei no trabalho como quem pula num poço sem fundo — e sem boia de salvação. Cada vez que terminava uma campanha, batia na porta do Louis com um sorriso forçado e um café na mão, pedindo mais uma. — Stella, você tem certeza que não está se sobrecarregando? — ele perguntou num tom de quem já sabia a resposta. — Absoluta. Dormir é superestimado. — sorri, mesmo que meu olho esquerdo tremesse por excesso de cafeína e falta de terapia. Louis me olhou com aquele olhar que misturava pena e respeito. Ele s