A semana passou voando, mas os pensamentos sobre aquele sonho continuavam a me atormentar como uma praga sensualmente bem produzida. Claro, com toda a demanda insana da agência, eu não tive muito tempo de surtar. Mas olha… como eu queria. E muito.
Estava jogada no sofá, vestindo meu uniforme oficial de exausta — moletom, meia furada e cara de “não me chame nem pra pensar” — quando Aya apareceu na sala.
Brilhante.
Literalmente brilhante.
Sombra metálica, vestido com lantejoulas douradas, batom vermelho e aquele olhar de quem tem um plano que eu não vou gostar.
— Temos uma festa de aniversário pra ir — ela diz como quem avisa que o jantar tá pronto. — Se levanta e se arruma. Você tem trinta minutos.
Eu nem mexi um músculo.
— Não. — respondi firme, dramática, trágica. — Eu vou ficar em casa. Depois dessa semana intensa, eu só quero paz, travesseiro e a chance de esquecer que sonhei com meu chefe como se fosse cena de trailer 18+.
— Você precisa sair. Respirar. Viver. A festa é da minha a