— Vai, Stellinha, vamos, vai ser divertido — Alex implorava dentro do elevador como se fosse uma criança pedindo doce no meio do mercado.
— Tá, mas não vou ficar até tarde — retruquei, cruzando os braços e tentando manter a compostura de mulher madura que claramente estava prestes a ser quebrada.
O que começou como um “só uma cerveja” acabou virando um “só mais uma rodada” e, quando percebi, estávamos os três em um pub local, de nome alternativo e atmosfera moderninha. Eu nunca tinha ido lá antes. Luzes coloridas, decoração meio industrial com toque descolado, mesas de madeira preta espalhadas em ângulos esteticamente questionáveis e uma banda ao vivo mandando covers de Arctic Monkeys — o que sempre me deixa com uma pontinha de nostalgia que não sei explicar.
Sentamos afastados do palco, num daqueles sofás de canto onde a música parece mais um fundo do que um convite pra dançar. Louis, como sempre, já estava se soltando depois da terceira cerveja artesanal com nome em francês que ele