O cheiro de terra molhada e esperança invade o ar enquanto o motor da caminhonete ronca suavemente, rompendo o silêncio da estrada de terra. Depois de toda tensão sufocante, a vida insiste em florescer nos detalhes mais simples, como se a própria natureza, indiferente à dor humana, sussurrasse que a vida precisa seguir. E agora, naquele instante decisivo, entre lágrimas mal contidas e promessas silenciosas, Jonathan Schneider faz uma escolha que mudará o curso de tudo: ele não vai embora. Não até que Marta e sua filha estejam seguras em seus braços.
— Vocês estão voltando para São Paulo? — pergunta Miguel, com a voz carregada de cansaço e desconfiança.
— Só saio daqui quando a minha filha e a mãe dela estiverem bem — responde Jonathan, firme, encarando Miguel nos olhos.
O silêncio que se segue é pesado, até que seu Heitor, com sua voz simples e acolhedora, quebra a tensão.
— Por que não ficam no sítio com a gente? A casa é grande, não tem luxo, mas é aconchegante. Família tem que fica