O cheiro de café fresco e pão assado se espalha pela cozinha simples e acolhedora do sítio Maia, carregando uma promessa de normalidade em meio ao caos. Dona Maria, com seu avental florido e sorriso tímido, organiza a mesa com esmero: frutas frescas, queijo caseiro, bolos... e, no centro, uma travessa fumegante de tapiocas brancas e perfeitas.
Mas ao verem as tapiocas, Eduardo e Jonathan param, como se tivessem levado um soco invisível. O rosto de ambos empalidece na mesma hora, e trocam um olhar cúmplice e doloroso, que fala mais do que qualquer palavra.
Dona Maria, percebendo a reação, fica visivelmente constrangida.
— Ah, meus filhos... — diz, com a voz embargada. — Se quiserem, tem pão... tem queijo... não precisa comer a tapioca, não...
Eduardo, tentando desfazer o clima pesado, força um sorriso e balança a cabeça.
— Tá tudo bem, Dona Maria. Foi só a saudade falando mais alto — ele confessa, puxando uma cadeira. — A Marta... foi ela quem nos apresentou a tapioca. Eu nem conhecia