A mansão Schneider em São Paulo está mergulhada em um silêncio denso, quebrado apenas pelo som constante da chuva fina contra as janelas altas. Don David Lambertini está no escritório principal, cercado por pastas, telas e relatórios. A luz suave do abajur projeta sombras duras em seu rosto e, naquela penumbra, seus olhos carregam a frieza de quem já decidiu que alguém não verá o nascer do próximo dia.
O toque firme na porta arranca sua atenção dos documentos.
— Entre.
Ravi surge primeiro, expressão grave. Logo atrás, Derick fecha a porta com cuidado, como se quisesse isolar completamente o mundo lá fora. Ambos trocam um rápido olhar antes de se