O corredor da UTI é um templo de angústias, onde cada passo ecoa como uma sentença. O cheiro de antisséptico arde nas narinas, e a tensão no ar é tão densa que parece palpável. Ninguém ousa falar alto, ninguém sorri. Naquele espaço asséptico e frio, a vida e a morte duelam em silêncio. E hoje, naquele lugar, uma exceção será feita, uma porta será aberta, mas o que encontrarão do outro lado poderá mudar tudo.
O diretor do hospital se aproxima da família de Marta com uma expressão grave, as mãos cruzadas atrás das costas.
— Antes de qualquer coisa, peço que me acompanhem — diz ele, a voz pausada.
— Todos deverão seguir os protocolos de segurança rigorosamente. Sem exceções.
Os olhos assustados de dona Maria e seu Heitor se cruzam. Jonathan, Islanne, Ravi, Eduardo e Dante se agrupam ao redor, atentos. O diretor os conduz até uma pequena sala de orientação. Ali, uma enfermeira explica com precisão o que precisam fazer: higienizar as mãos, vestir os aventais descartáveis, máscaras, toucas