Jonathan atravessa a porta da UTI neonatal como quem retorna do campo de batalha: exausto, transformado, com o coração ainda pulsando fora do peito, exposto, vulnerável. Seus olhos, úmidos e avermelhados, parecem ter envelhecido anos nos poucos minutos em que segurou a filha pela primeira vez. Ele respira fundo, como se quisesse aprisionar dentro de si o aroma puro e frágil da pequena Lua, a lembrança viva daquele milagre improvável, tão delicado quanto um fio de seda, mas tão forte quanto uma âncora cravada em seu peito.
Cada passo que ele dá para fora daquele ambiente estéril e silencioso carrega um peso diferente, como se o chão sob seus pés oscilasse entre a dor e a esperança. O corredor frio, com paredes pálidas, torna-se, agora, uma travessia simbólica: da fragilidade para a responsabilidade, do medo para a promessa.
Do lado de fora, antes mesmo que ele possa recompor os pensamentos que explodem dentro de si, Islanne surge, como sempre, o primeiro rosto a acolhê-lo, o primeiro a