Capítulo Trinta e Quatro

Guilherme

Ela saiu do corredor sem olhar para trás, os saltos ecoando contra o chão de metal, os cabelos balançando, a tatuagem na nuca exposta como um desafio silencioso. Eu fiquei parado, o peito subindo e descendo, o membro ainda latejando, os músculos das coxas tremendo com o prazer interrompido.

Ela me deixou no limite.

Me quebrou.

Me humilhou.

E eu deixei.

Fechei os punhos, os dedos se cravando na palma da mão, os dentes trincando, a respiração saindo em arfadas irregulares. Meu corpo inteiro tremia, o calor subindo pelo pescoço, queimando minha pele, meu orgulho, minha sanidade.

Ela me desafiou.

Me dominou.

E saiu andando como se eu fosse só mais um homem qualquer.

Eu queria correr atrás dela. Queria agarrá-la pelos cabelos, jogá-la contra a parede, fazê-la implorar, chorar, quebrar. Queria lembrar a ela que, apesar do que pensava, ela ainda era minha.

Mas, no fundo, eu sabia.

Algo tinha mudado.

Ela tinha sentido o gosto do poder.

E isso era perigoso.

***

Saí do corredor
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