Guilherme
Ela tinha me quebrado.
E eu ia fazê-la pagar por isso.
Porque, se Fernanda achava que podia me dominar, que podia me fazer sentir pequeno, fraco, vulnerável… então ela não me conhecia de verdade. Não ainda.
Eu saí do corredor com passos largos, a respiração ainda acelerada, o corpo quente, o sangue fervendo nas veias. Passei pelos clientes sem olhar para os lados, os olhos fixos no caminho à frente, os punhos fechados, os dentes trincados.
Ela tinha rido na minha cara.
Tinha me dominado.
Tinha me feito gozar sem tocar.
E isso eu não ia perdoar.
Entrei no escritório com força, a porta batendo contra a parede, os quadros de vidro tremendo com o impacto. João e JP levantaram a cabeça, os olhos se estreitando ao verem meu estado. JP abriu a boca para falar, mas eu o cortei com um gesto brusco da mão.
— Fora. Agora.
Os dois se entreolharam, mas não questionaram. Sabiam que, quando eu estava assim, nada de bom saía da minha boca. Eles se levantaram e saíram, fechando a porta at