Capítulo Trinta e Dois

Fernanda

A primeira coisa que aprendi depois de ser marcada foi que a dor não some.

Ela se transforma.

No início, ela queima.

Depois, arde.

E, por fim, endurece.

E eu estava endurecendo.

***

Na noite seguinte, eu me vesti devagar, escolhendo o vestido mais justo, o mais provocante. Preto, curto, com um decote profundo que deixava claro que eu não tinha medo de ser vista. Passei o batom vermelho que Guilherme gostava, aquele que ele sempre dizia que fazia minha boca parecer feita pra pecar.

Mas, dessa vez, o batom não era pra ele.

Era pra mim.

Puxei os cabelos para cima, prendendo em um coque alto que deixava a tatuagem exposta. Não ia mais esconder o nome dele. Não. Ia usar a marca como escudo, como bandeira. Deixá-lo ver que, apesar do que ele tinha feito, eu ainda estava de pé.

Quando desci para a pista da boate, os olhares se voltaram para mim como ímãs. Alguns de curiosidade, outros de inveja, e muitos de desejo. Mas eu não parei para ninguém. Me movi entre os corpos suados, o
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