Capítulo Trinta e Seis

Guilherme

Eu a encarei, o silêncio do depósito pesando como uma corrente de ferro ao redor de nossos corpos. O cheiro de álcool e metal se misturava ao perfume dela, doce e provocante, queimando minhas narinas como uma lembrança amarga do que eu tinha perdido.

Ela deu um passo para trás, os olhos arregalados, os lábios se separando, a respiração se acelerando. Os saltos dela tilintaram contra o concreto frio, as pernas longas se movendo com hesitação, os dedos se curvando como garras ao lado do corpo.

Ela viu a arma.

E, pela primeira vez em muito tempo, eu vi medo nos olhos dela.

Um medo que eu ia explorar até não restar mais nada daquela mulher desafiadora que tinha me feito gozar sem permissão, que tinha me deixado de joelhos, que tinha me quebrado.

Dei um passo para frente, o revólver pesado na minha mão, o metal frio queimando contra a palma quente. Ela recuou, os olhos se movendo rapidamente pelo depósito, como se procurasse uma saída, como se quisesse correr.

Mas eu não ia deix
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