Guilherme
A nevasca fazia dos arredores de Moscou um labirinto de branco impenetrável — perfeito para um ataque relâmpago. Quando pousamos, senti o frio congelar cada gota de sangue, mas meu ânimo ferveu. Fernanda ainda estava nas garras de Anya, e eu não pararia até arrancá‑la desse inferno.
JP e Carlos se alinharam atrás de mim, armas em punho. As luzes dos faróis do carro iluminavam a silhueta maciça da mansão: torres brancas, muros altos, silêncio absoluto. Era como um castelo de gelo guardando centenas de segredos sombrios.
— Aqui — sussurrei, apontando a escada lateral. — Entrem silenciosos.
Subimos como fantasmas, correndo pelas pedras geladas. Carlos forçou a porta dos fundos enquanto JP montava sentinelas. Dentro, o corredor escuro exalava cheiro de mofo e metal. Câmeras estavam mortas — bom sinal: a primeira parte do plano funcionara.
Logo ouvimos gritos abafados: mulheres, provavelmente vítimas, encurraladas em celas improvisadas. Atirei no cadeado com um único disparo. O t