Guilherme
Quando a notícia chegou, foi como uma bomba explodindo no meu peito: Fernanda fora levada. Cada sílaba daquela frase me atravessou como estilhaço de vidro. Eu, que sempre me orgulhei de controlar cada movimento no morro e na boate, me vi impotente, paralisado pela própria culpa.
Olhei para o telefone trêmulo em minha mão. A mensagem de JP era seca, sem conselhos, apenas fatos:
“Ela foi sequestrada da cobertura. Viktor e capangas da Volkov fugiram em carro preto. Estamos rastreando. Preciso de suas ordens.”
Engoli em seco, sentindo o ar faltar. Cada segundo que ela permanecia nas mãos de Anya era um segundo a mais de tortura para o coração que eu me negava a admitir que sangrava de amor.
Liguei para JP com a respiração ofegante:
— JP, onde ela está?
— Não temos localização precisa, mas as pistas levam à Rússia. Anya usou identidades falsas e um avião fretado.
Senti uma onda de desespero romper todas as defesas.
— Vou para lá. Preparar passaportes, contatos. Quero minha eq