Guilherme
O gosto dela ainda queimava na minha língua quando soltei o beijo e a empurrei para trás, as costas dela batendo contra a parede úmida do corredor. As luzes da pista ainda piscavam ao nosso redor, mas tudo que eu via era o brilho desafiador nos olhos dela.
Ela tinha me testado.
Me desafiado.
Se exibido na minha boate, no meu território, com meu nome marcado na pele.
E agora ia pagar por isso.
— Vira — rosnei, os dedos ainda cravados no braço dela.
Ela hesitou por um segundo, os lábios inchados do beijo, a respiração entrecortada. Mas eu não tinha paciência para a luta dela hoje. Não depois de passar a faca na coxa de Leon, não depois de sentir o cheiro do medo e do sangue dele manchando meu escritório.
Apertei o braço dela com mais força, girando seu corpo e a prensando contra a parede. Os cabelos soltos se espalharam, a tatuagem na nuca brilhando sob as luzes piscantes. Meu nome, marcado, inchado, ainda cicatrizando.
Agarrei os cabelos dela com força, puxando a cabeça pa