Com a ponta dos dedos, sentindo a textura real daquela promessa dita sem pressão, apenas com verdade.
— Eu também quero — respondeu, firme e suave, como quem decide ficar mesmo diante do desconhecido.
Leonardo fechou os olhos por um segundo, como se aquela resposta o atravessasse. E, quando os abriu de novo, havia um brilho novo ali. Algo entre alívio e encantamento.
Eles não disseram mais nada. Não era preciso.
Naquele instante, no chão da cozinha, cercados pelo cheiro de café fresco e pela luz tímida da manhã, Clarice e Leonardo selaram algo que não cabia em contratos nem definições. Era uma escolha. Uma construção silenciosa. Um começo sem estardalhaço.
Ela tocou o rosto dele com a palma da mão, sentindo a barba por fazer roçar levemente seus dedos, como se aquele toque simples fosse uma ponte entre o que estavam vivendo e tudo o que ainda poderiam viver.
— Sem pressa — ela repetiu. — Sem roteiro.
Leonardo assentiu, sorrindo com os olhos antes mesmo de sorrir com os lábios. Ele a b