O canal da ressonância.
A pergunta de Daniel pairou no ar, densa e cheia de possibilidades. Clarice e Leonardo se entreolharam, a quietude da sala de Daniel contrastando com a grandiosidade da jornada que tinham acabado de concluir. O cheiro de tinta e a luz do final de tarde que entrava pela janela os trazia de volta, mas a sensação de que a realidade se expandira para muito além de sua compreensão persistia.
— Eu… não sei — Clarice respondeu, sua voz ainda um eco da admiração que sentiu no reino dos Guardiões do Tempo. Ela tocou a espiral na tela novamente, e dessa vez, sentiu uma quietude que não existia antes, como se a obra tivesse finalmente encontrado sua conclusão. — Sinto que essa história está completa. Não há mais nada que precise ser feito nela.
Leonardo balançou a cabeça em concordância, ainda processando a imagem de Elara e o homem se encontrando em um abraço de luz. — É como se o destino deles tivesse sido restaurado, não mudado. É uma diferença sutil, mas enorme.
Daniel se aproximou da tela,