Ecos da Casa Azul

A manhã seguinte amanheceu envolta numa névoa leve, como se Valparaíso quisesse esconder seus segredos por mais algumas horas. Helena acordou antes dos outros, o coração batendo em um compasso novo — não de ansiedade, mas de expectativa. A carta da mãe repousava ao lado da cama, como um guardião silencioso do que ainda viria.

Vestiu-se devagar, sentindo o frescor da brisa que entrava pela janela do pequeno hotel. Lá fora, os telhados coloridos ainda bocejavam à luz tímida do sol.

Às nove em ponto, estavam novamente diante da Casa Vidal. Santiago abriu a porta antes mesmo que tocassem a campainha. Trazia um sorriso discreto e uma xícara de café na mão.

— Achei que viriam cedo — disse ele, afastando-se para que entrassem. — Eu também não dormi muito. As lembranças foram barulhentas esta noite.

Helena entrou primeiro, observando agora com mais atenção os detalhes da casa. Notou um quadro pequeno perto da escada: uma pintura em tons quentes, de uma mulher sentada à beira de um penhasco. A
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