Ian não esperou pela resposta.
A frase dele, seca e imperativa, ainda ecoava nas paredes quando ele já havia cruzado a porta e desaparecido pelo corredor, deixando a porta aberta atrás de si.
Nenhum olhar para trás. Nenhum espaço para réplica.
Olívia ficou parada no meio do quarto por alguns segundos, encarando o espaço vazio, como se ainda processasse o absurdo que acabara de ouvir. O silêncio que ficou para trás parecia zombar dela. A indignação pulsava em suas têmporas.
Um jantar romântico? Com ele? Como se fosse fácil se enfiar em um vestido e bancar a noiva perfeita depois de tudo.
Sentiu os dedos apertarem o tecido da blusa, os ombros duros. A raiva vinha em ondas curtas, intensas.
Respirou fundo, tentando retomar o controle. Não ia dar a Ian o prazer de vê-la desconcertada.
— Jantar romântico… só se for no inferno — murmurou para si mesma, com um suspiro irritado.
Forçou o corpo a se mover, a não ficar presa naquele nó de indignação. Caminhou até o banheiro enorme onde encontr