A batida na porta foi suave, quase tímida… mas suficiente para fazer o estômago de Olívia se revirar.
Ela ficou parada, imóvel por um instante, tentando decidir se tinha realmente ouvido ou se havia sido apenas mais uma enganação de sua mente neurótica.
Ouviu a segunda batida.
Um pouco mais firme.
A mensagem anônima ainda queimava na tela do celular em cima da cômoda. "Você sabe que não pode esconder a verdade para sempre."
O ar pareceu mais pesado.
A mão dela estava fria, mas a testa começava a suar.
Deu dois passos lentos. O corredor estava em silêncio.
Ela olhou para o trinco… e girou. Queria despertar daquela loucura.
O corredor estava quase às escuras, só uma das arandelas de parede permanecia acesa, lançando uma luz amarelada e fraca.
O coração de Olívia ainda estava acelerado quando aquela pessoa se revelou.
Uma mulher.
Vestida inteiramente de branco — desde a calça social, blusa impecável, jaleco leve, os sapatos de sola macia.
Os cabelo loiros, puxados num coque perfeito.