O corredor do hospital estava mais silencioso que o normal, um silêncio estranho, quase respeitoso demais. Mas o silêncio era tudo que Olivia desejava depois do caos que havia sido aquela tarde.
O cheiro de éter se misturava com um leve perfume de lavanda, mas nada conseguia disfarçar o peso no ar ou lhe entregar qualquer resquício de paz.
Olívia entrou carregando sua bolsa como quem carrega uma pedra, seu corpo estava pesado. Sentia o dia na pele, no cansaço dos ombros. Cada passo que dava, recordava-se das últimas horas: O almoço, Nicolau, Benjamin, Clara, Ian.
Uma avalanche de nomes que ela queria esquecer.
— Dona Olívia? — a recepcionista chamou com a voz delicada, segurando algo nos braços.
Olivia já estava fechando a porta do quarto onde Leo estava quando ela parou.
— Sim. Algum problema? — perguntou ansiosa, sentindo seu coração acelerar.
— Isso chegou para a senhora. — ela diz casualmente e Olivia olha para suas mãos.
Era um arranjo de flores. Lírios brancos e rosas. O tipo qu