O anúncio de Nicolau ainda ecoava na mente de Ian e Olívia quando deixaram o quarto.
Três dias.
Era como se cada letra tivesse se gravado a ferro nos ossos de ambos.
Ian mantinha a postura rígida, o olhar voltado para frente, mas a mão fechada em punho denunciava a tensão. Não disse nada no caminho de volta, e isso sufocava ainda mais Olívia. Cada passo soava como uma sentença.
Ela engoliu em seco, tentando ignorar os olhares de Clara e Benjamin no corredor, mas era impossível não sentir o peso deles. Espiavam como corvos famintos, aguardando a carniça cair.
Quando entrou em seu quarto, Olívia fechou a porta e recostou-se nela, respirando fundo. As pernas tremiam.
Dentro, encontrou Léo terminando o café na bandeja que Helena havia trazido. O menino sorriu ao vê-la, um sorriso que sempre tinha o poder de rachá-la por dentro.
— Mamãe! — ele exclamou, erguendo o copo de suco. — Olha, já tomei tudo!
O coração dela apertou. Aproximou-se, beijou-lhe a testa e tentou sorrir de volta.
— Muito