Capítulo 112
Os pneus do carro cantaram no asfalto molhado, mas Clara não se importou. Apenas girou o volante com firmeza, como se cada curva fosse uma forma de cuspir para fora a raiva que queimava dentro dela.

Ela apertou o volante com tanta força que os nós dos dedos ficaram brancos. A raiva latejava nela como uma veia prestes a estourar. Mas, ao invés de gritar ou chorar, o que fez foi rir. Um riso baixo, quase divertido, como quem finalmente via uma saída se desenhar diante de si.

Acendeu um cigarro com mãos firmes, tragou fundo e soltou a fumaça pela janela aberta. O vento noturno entrou e bagunçou os cabelos bem penteados, mas ela não se incomodou.

— Obrigada, Benjamin… — murmurou, guardando isqueiro com um estalar.

Tragou fundo, o sabor amargo queimando sua garganta, e soltou a fumaça devagar, observando o véu cinzento se dissipar pela janela aberta.

— Eu estava mesmo precisando de uma desculpa — murmurou para si mesma, soprando a fumaça devagar. — E felizmente o idiota do Benjami
Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App