Isabella, uma jovem mulher com uma vida comum, uma rotina tranquila e uma falsa sensação de controle. Até que, numa noite qualquer, decide ir a uma balada — e tudo muda. Foi ali que ela cruzou com Dominic: misterioso, sedutor, perigoso. Um homem que não aceita não como resposta e que carrega a obsessão como parte da alma. O que começou com um flerte ardente logo se transformou numa teia de controle, desejo e possessividade. Dominic a quer por inteiro, e não está disposto a dividir… nem a deixá-la ir. Quando o ciúme explode, ele ultrapassa todos os limites — sequestrando não só Isabella, mas também a liberdade que ela pensava ter. Agora, ela precisa encarar a verdade: o perigo tem nome, tem olhos intensos e está mais próximo do que ela jamais imaginou. E talvez... ela não queira mesmo fugir.
Ler maisA Sicília sempre foi palco de paixões intensas, promessas perigosas e histórias que desafiam a lógica. No coração dessa ilha banhada por segredos e tradições, Isabella nunca imaginou que sua vida tomaria um rumo tão sombrio e arrebatador. Bastou um olhar. Um encontro. E tudo que ela conhecia desmoronou.
Dominic, o homem que carrega o sangue da máfia nas veias, não é alguém que se ama sem consequências. Ele é o tipo de homem que não pede permissão — toma. E ao cruzar o caminho de Isabella, a calma da sua vida foi engolida pelo caos. Ela, com sua doçura e força silenciosa. Ele, com seu passado manchado de sangue e honra. Ambos travados em um destino onde amor e perigo andam lado a lado. Entre flores deixadas pela manhã e jantares interrompidos por tiros, Isabella aprenderá que amar Dominic é dançar na beira do abismo — onde cada passo pode ser o último. Mas talvez... seja exatamente isso que faz o coração bater mais forte. A dor latejava em seus pulsos, amarrados com força demais para permitir qualquer escapatória. O carro sacolejava por uma estrada que ela desconhecia, as janelas escuras impedindo que qualquer traço de localização fosse identificado. Seu coração batia descompassado, como se tentasse fugir antes mesmo que ela tivesse a chance. — Me solta! Você enlouqueceu de vez! — ela gritou, a voz carregada de desespero e fúria. Ele estava ao volante, o olhar fixo na estrada, mas a mandíbula trincada denunciava que estava prestes a explodir. Não respondeu de imediato. O silêncio dele era pior do que qualquer grito. — Por que você tá fazendo isso comigo?! — ela gritou outra vez, se debatendo contra o cinto que a mantinha presa ao banco. Então ele parou o carro. No meio do nada. O farol alto iluminava apenas árvores retorcidas e escuridão adiante. Um arrepio percorreu sua espinha. Ele saiu do carro e abriu a porta do lado dela, puxando-a com brutalidade. Ela caiu de joelhos na terra fria, mas logo ele a puxou pelos cabelos, fazendo-a olhar em seus olhos. — Você estava com ele. — A voz dele era baixa, grave, e ainda mais assustadora do que os gritos que ela esperava. — Você sorriu pra ele como sorria pra mim. Tocou no braço dele... como se fosse seu. Ela cuspiu no chão, tentando se livrar do toque dele. — Você tá maluco. Ele é só meu amigo! E mesmo que não fosse... quem você pensa que é pra me sequestrar?! Ele se ajoelhou diante dela, e pela primeira vez, os olhos azuis antes tão sedutores estavam completamente transtornados. — Eu sou o homem que você fez enlouquecer, baby. — sussurrou, passando o dedo em sua bochecha molhada de lágrimas. — O homem que você deixou entrar... e agora não pode mais tirar da sua vida. Ela tentou se levantar, mas ele foi mais rápido. Empurrou-a contra o chão com o corpo, prendendo-a ali, os olhos colados aos dela. — Você não vai fugir de mim. Nunca mais. Nem você, nem aquele maldito... — ele murmurou, os lábios perigosamente próximos. — Eu te avisei que era meu. E agora... você vai entender o peso disso. O vento soprou entre as árvores, mas o silêncio que se seguiu foi cortante. Ela sabia que nada do que dissesse mudaria o que viria a seguir. Naquela noite, a versão dele que conheceu na balada havia desaparecido. E em seu lugar, restava o pecador. O obsessivo.A noite envolvia a mansão como um véu de mistério. Isabella, ainda com os cabelos úmidos do banho, usava uma camisa branca de Dominic que lhe caía até a metade das coxas. A brisa suave que entrava pela enorme janela do quarto balançava levemente seus cabelos soltos enquanto ela observava o horizonte escuro, onde o mar e o céu pareciam se fundir.Havia um silêncio profundo ao redor, mas dentro dela, um turbilhão. A lembrança das cenas no escritório ainda a assombrava, mas o toque dele, as palavras ditas em voz baixa e aquele olhar carregado de promessas a impediam de se afastar. Dominic a atraía de forma inevitável.Ela desceu as escadas silenciosamente, guiada pelo aroma rico de alho dourando no azeite. Na cozinha ampla e sofisticada, Dominic estava concentrado diante do fogão, mexendo uma panela com movimentos calmos e precisos. Estava descalço, com as mangas da camisa arregaçadas e a expressão mais leve, como se cozinhar fosse uma terapia.Isabella se encostou no batente da porta, o
Isabella despertou lentamente, sentindo o aroma de café fresco invadir seus sentidos antes mesmo de abrir os olhos. A luz suave da manhã entrava pelas janelas amplas do quarto, cortinas leves dançavam com a brisa que invadia o ambiente silencioso. Ela esticou o braço, ainda entorpecida pelos acontecimentos da noite anterior, em busca de Dominic. Mas o espaço ao seu lado estava vazio, o lençol amassado e já frio.Ergueu-se devagar, cobrindo o corpo com o lençol por um instante antes de avistar, pendurada na poltrona próxima, a camisa branca dele. Um sorriso brincou nos lábios ao lembrar do modo como ele a despira na noite anterior. Com um leve arrepio de saudade, vestiu a peça, que a envolveu com o perfume amadeirado dele — quente, envolvente, dominador.Saiu do quarto descalça, os pés afundando levemente no tapete macio do corredor. A mansão estava mergulhada em um silêncio quase reverente. Era estranho. Isabella esperava encontrá-lo ali, talvez na cozinha, talvez à sua espera... Mas
Dominic encostou o carro em frente a casa de Isabella com a pontualidade que lhe era natural. O brilho dos faróis refletia na calçada, e o ronco grave do motor parecia anunciar sua presença. O som da campainha ecoou suavemente pela casa, tirando Isabella de seus pensamentos. Ela respirou fundo, tentando acalmar a inquietação que insistia em dançar dentro do peito. Caminhou até a porta com passos controlados, mas por dentro, cada célula vibrava em antecipação.Não era apenas um encontro. Era Isabella. E ela o desarmava de formas que ele nunca imaginou.Ao abri-la, deu de cara com um desejável Dominic — e por um instante, o mundo pareceu silenciar. Ele estava ali, imponente, com os olhos escuros cravados nela, como se a despisse com o olhar sem pudor algum. O leve sorriso no canto de sua boca e o brilho predador no olhar fizeram com que seu coração acelerasse ainda mais.— Você está deslumbrante, Isabella. — Sua voz saiu baixa, rouca, como se cada palavra fosse puxada de dentro do peito
O sol brilhava alto no céu, iluminando as ruas com uma suavidade acolhedora. Isabella caminhava ao lado de Sofia, ambas sorrindo como há muito tempo não faziam. O passeio pela cidade havia começado com uma visita a uma charmosa loja de roupas, onde as duas experimentaram peças, riram de combinações improváveis e se divertiram como duas adolescentes em um dia livre.— Você tem que levar esse vestido, Isa! — exclamou Sofia, segurando um modelo azul que realçava os olhos da amiga. — Está maravilhosa!— Será? — Isabella girou em frente ao espelho, observando o caimento. — Acho que estou bonita demais para uma tarde qualquer.— E quem disse que você precisa de um evento pra se sentir linda? — rebateu Sofia com um sorriso arteiro. — Hoje é o nosso dia, esqueceu?Isabella assentiu, sorrindo. Pela primeira vez em muito tempo, sentia-se leve. O beijo da noite anterior ainda habitava sua memória como um segredo doce, e embora não tivesse respondido à mensagem de Dominic, seu coração disparava c
O sol atravessava as frestas da janela, acariciando o rosto de Isabella com delicadeza. Ela despertou devagar, como quem saía de um sonho bom demais para acabar. Seu coração pulsava rápido, tão leve quanto a lembrança viva do beijo da noite anterior. Era como se tivesse beijado pela primeira vez. Como se nenhuma outra experiência antes daquela tivesse sido real. Passou a mão pelos lábios, ainda sentindo o calor, o gosto, o arrepio. Sorriu sozinha, depois cobriu o rosto com as mãos, envergonhada de si mesma. — Que loucura... — murmurou. Levantou-se da cama e caminhou até o banheiro. Precisava de uma ducha. Precisava colocar os pés no chão, ou Dominic continuaria pairando nos seus pensamentos o dia inteiro. Enquanto a água escorria pelo seu corpo, Isabella tentou se convencer de que tudo aquilo era apenas um momento de impulso, um erro talvez. Mas no fundo… não parecia errado. Parecia exatamente o que precisava. Na mansão, Dominic estava parado em frente ao espelho de seu qua
O fim do expediente trouxe um silêncio estranho para a cafeteria. As funcionárias se despediam aos poucos, e Isabella permaneceu para fechar o caixa, revisar os estoques e limpar os cantos esquecidos pelo movimento do dia. Tudo estava em ordem, mas seu coração, não. Desde o momento em que Dominic saíra pela porta mais cedo, ela não conseguia pensar em outra coisa: deveria ir ao encontro?Dominic, do outro lado da cidade, estava em seu escritório. A janela oferecia vista para as luzes da cidade que se acendiam, indiferentes ao tumulto que o habitava. Documentos espalhados, um laptop ainda ligado e a camisa social com os botões da manga abertos. Ele tentou trabalhar, mas tudo o que escrevia acabava virando um rabisco no papel. Olhou para o relógio no pulso. Faltavam trinta minutos.Isabella caminhou até o espelho do pequeno banheiro nos fundos da cafeteria. Respirou fundo, analisando o reflexo. Estava exausta, mas algo dentro dela implorava por um recomeço. Trocou o uniforme por um vest
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