Companhia

Angelina Da Costa

Quando me viu, o sorriso murchou em seus lábios.

Fiquei onde estava. Mantive o rosto sereno. Já tinha lidado com ela outras vezes no escritório e sabia bem: Débora odiava Francesca com gosto. Sempre foram rivais à altura. Mantive o decoro. Estávamos em visita com a minha filha. E, tecnicamente, nenhum motivo para não sorrir. Ela ainda ligava para Saulo naqueles dias, nunca perguntei até onde essa história foi ou se foi a algum lugar, mas o olhar que Francesca me lançou foi carregado de rancor. Como se eu tivesse lhe feito algo, me examinou de cima a baixo, com aquele desdém que só ela sabia ter. Por um instante, quis dizer que ali não era o tribunal, mas de nada adiantaria. Nunca fui contra ela de verdade, nem ali, nem em lugar algum.

— O vovô está onde? — perguntou com uma voz leve demais para o peso da sua presença. Eu não sabia que o senhor Otávio estava recrutando netos, ao menos não quem não eram de sangue, pensei, ainda mais uma Gutierrez.

Por um instante, me
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