Saulo Prado:
A noite tinha sido de algumA maneira incrível, e pela manhã, quando acordei na cama de Angelina, passei a mão no rosto, tentando organizar a avalanche de sensações.
Ela estava nua ao meu lado, seus cabelos ruivos longos deslizando por seu corpo e parte repousando sobre o meu peito. Observei seu rosto, afastando delicadamente algumas mechas. O nariz fino, os cílios rubros quase escuros, não mais tão cheios, caídos em descanso profundo. A respiração dela era calma, lenta. Os lábios curvilíneos, perfeitos, relaxados.
Meu polegar percorreu devagar cada detalhe, das sobrancelhas finas ao contorno de sua boca, até que ela se afastou suavemente, virando-se de costas. Cheirei seu cabelo, sabendo que quando despertasse viria um sermão daqueles. Ela veria as marcas em suas coxas, nas curvas da bunda, e não teria como disfarçar. Eu havia tentado evitar ir tão fundo, mas a intensidade entre nós sempre passava do limite. Havia algo de estranho e viciante nesse poder.
Enquanto Angelina