O sol voltava a nascer tímido sobre a cidade quando Helena deixou o hospital.
O ar da manhã trazia cheiro de terra molhada, e o vento leve parecia carregar uma promessa silenciosa de recomeço.
Adriano caminhava ao lado dela, firme, uma mão na cintura dela e a outra segurando o prontuário médico.
O médico havia recomendado repouso absoluto por alguns dias, nada de estresse, nada de sustos.
Helena, porém, sabia que a calma não passava de uma ilusão.
No estacionamento, Lucas correu em direção a ela, o rosto iluminado.
— Mamãe! — gritou, abraçando-a pelas pernas.
Helena o acolheu com um sorriso emocionado, o coração disparado.
— Meu amor… mamãe tá bem agora. — E, por um instante, acreditou nas próprias palavras.
Adriano os observou com o olhar de quem encontra sentido em tudo o que antes parecia incerto.
Mas dentro dele havia uma inquietação que não cessava.
Nos últimos dias, desde que as ameaças começaram, ele notara pequenos sinais — carros desconhecidos estacionados perto de