Narrado por Apolo
Ela estava na varanda da mansão de campo quando eu a vi.
Descalça. Cabelo preso de forma despretensiosa. Um suéter largo que eu tinha deixado jogado sobre a poltrona e que agora abraçava o corpo dela com uma intimidade que me fazia sorrir.
Tão minha.
E, ainda assim, eu precisava contar algo que podia abalar tudo.
A aproximação dos meus passos fez ela virar o rosto. Sorriu. Um daqueles sorrisos pequenos, sinceros, que ninguém mais no mundo conseguia me dar.
Violetta: — Bom dia, meu futuro marido…
Aquela frase… doeu e aliviou ao mesmo tempo.
Apolo: — Bom dia, minha mulher.
Me aproximei por trás, envolvi sua cintura e encostei o rosto no pescoço dela. Fechei os olhos. Respirei fundo.
O mundo podia ser um campo minado, mas ela era meu único território de paz.
Violetta: — Você tá estranho.
Apolo: — E você é muito esperta.
Violetta virou de frente pra mim, pousou as mãos no meu rosto com delicadeza. Os olhos dela procuraram os meus, como se já soubesse.
Violetta: — O que a