Narrado por Alonso
A fumaça do meu charuto subia lentamente, serpenteando no ar denso da sala de reuniões. O teto alto da mansão, com seus lustres de cristal importado, parecia não combinar com o clima de guerra que se instaurava. Os homens sentados à mesa líderes de cartéis menores, membros do conselho da máfia espanhola, velhos aliados que se diziam leais todos me olhavam em silêncio. Alguns com respeito. Outros com medo. A maioria com dúvida.
E eu odiava dúvida.
Alonso: — Apolo Marino vem agindo nas sombras. Cortando minhas rotas. Sabotando meus caminhões. Levando meus contadores.
Dei uma tragada lenta no charuto.
Alonso: — Ele não está jogando pelas regras da guerra. Ele está cavando túmulos em silêncio. E quando percebermos, metade dos nossos impérios já terá desabado.
Ninguém respondeu. Mas todos sabiam que eu estava certo. As perdas recentes eram inegáveis. Eu mesmo já havia sentido o baque nos lucros. Nas ruas, o burburinho era claro: Alonso está enfraquecendo.
Alonso: — Prec