Narrado por Alonso
A porta bateu atrás de mim com força.
O som ecoou pelo galpão vazio como um soco no meio do peito. Meus passos eram descompassados, a respiração ainda descontrolada. Me apoiei na parede suja e fria, tentando recuperar o fôlego.
A fumaça ainda grudava na roupa. O cheiro de pólvora, de sangue, de morte.
Ivanov estava morto.
Fechei os olhos por um segundo. Tentei entender o que tinha acabado de acontecer. Um ataque. Preciso. Silencioso. Planejado como se tivessem lido meus pensamentos. Como se soubessem exatamente onde, quando e com quem eu estaria.
Eles sabiam.
Zeus soube.
Andei até a bancada de ferro e, com um movimento de raiva, varri tudo pro chão. Mapas, documentos, o tablet, as garrafas — tudo caiu e quebrou. Mas o som não me trouxe nenhum alívio.
O silêncio que ficou depois foi pior.
Pior porque nele cabia o eco da verdade: eu fui encurralado.
Ivanov foi dilacerado. Tiros, facadas... o maldito do Ares cravou uma adaga no pescoço dele como se fosse um porco sendo