Narrado por Apolo
O som chegou antes da confirmação.
Estávamos em reunião com os homens de Ares no salão da mansão, atualizando as rotas de transporte, reforçando a segurança da fronteira espanhola, quando o celular de Zeus vibrou com três chamadas seguidas. Ele franziu a testa, levantou a mão, atendeu. A voz do outro lado era urgente.
Zeus: — O quê? Repete isso.
Ares se endireitou na poltrona.
Ares: — Que merda é essa?
Zeus tirou o celular do ouvido e olhou pra gente com um sorrisinho nervoso, quase irônico.
Zeus: — Adivinhem quem decidiu brincar de guerra?
Meu peito apertou. Não precisei perguntar. Já sabia.
Apolo: — O que ele fez?
Zeus virou a tela pra gente. Imagens ao vivo de uma das nossas boates em chamas. La Vieja Rosa. Uma estrutura antiga, afastada do centro, praticamente vazia durante o dia. Mas ainda nossa.
A fumaça negra cortava o céu de Madri como um soco.
Zeus: — Alonso mandou um recado.
Ares se levantou, o rosto travado de ódio e tensão.
Ares: — Filha da puta. Durante