Narrado por Ares Marino
A sala de guerra da mansão estava escura, silenciosa. O mapa digital de Nova York brilhava na tela principal, marcando com pontos vermelhos tudo o que já havíamos perdido. O restaurante. O armazém. E Carlo.
Apolo estava sentado de um lado da mesa. Cotovelos apoiados, as mãos entrelaçadas, o olhar perdido. Zeus circulava devagar, com um copo de uísque intocado na mão. Eu estava de pé. Imóvel. Com os olhos cravados na palavra "Vostok" piscando na borda inferior da tela.
— Eu estive na casa do Carlo hoje cedo — disse Apolo, quebrando o silêncio. Sua voz estava seca. — A mulher dele chegou ontem à noite. Encontrou o sangue no carpete. O cheiro ainda estava no ar.
Zeus se encostou na parede. Não disse nada.
Apolo bateu os punhos contra a mesa.
— Ele era um de nós. Fiel. Antigo. Quantas vezes ele salvou nossas vidas, Ares? Q