A história de Caius era contada em sussurros nos vilarejos vizinhos. Um órfão encontrado entre as ruínas do último templo de Helena. Um menino que lia antes de falar. Que domava lobos e fazia preces estranhas às estrelas. Criado por um velho fanático que sobreviveu ao incêndio provocado por Adam e Ana, Caius se tornou símbolo e ferramenta.
Mas aos quinze anos, matou seu mentor.
E seguiu sozinho.
Agora, aos vinte, já era mais que uma lenda. Ele reunia seguidores não com promessas de medo, mas com promessas de propósito. Dizia-se herdeiro do ideal de Helena, mas sem suas falhas. Um novo império, nascido do sangue e do controle. Mas diferente.
Caius falava de equilíbrio. De restaurar o que o mundo havia destruído. De “retomar o Filho Prometido”.
Ele sonhava com Liam.
E vinha para buscá-lo.
Na casa de pedra, Rurik aparecia cada vez mais. Trouxe aliados, mapas, armas. Montaram um posto de vigia no alto da colina. Cavaram túneis de fuga. Rurik queria mover Adam, Ana e Liam para um esconderi